Maio é um mês especial... Começa com o Dia do Trabalho, uma actividade que nos deve dignificar e permitir-nos desenvolver como seres humanos. Também celebramos o dia de uma das pessoas mais importantes da nossa vida: a nossa mãe, que, no mínimo, nos deu vida. É um mês em que as flores estão no seu melhor e o tempo está maravilhoso. 

Maio é também o Mês da Diversidade Europeia, uma iniciativa da Comissão Europeia que tem sido celebrada há vários anos para sensibilizar para a importância da diversidade e da inclusão no local de trabalho e nas nossas sociedades.

Na +Diversidade já estamos ansiosos por esta importante data no calendário da diversidade. Acreditamos que é um momento excepcional para parar, respirar e reflectir sobre como estamos a fazer nesta área, os progressos que foram feitos no último ano na nossa organização, quais os marcos que podemos destacar e quais os assuntos que nos exigem um maior esforço para avançar para um modelo de negócio verdadeiramente inclusivo, onde a diversidade é um valor reconhecido do qual se pode extrair todo o seu potencial e onde as pessoas não são discriminadas por qualquer razão.

De acordo com o índice da Inodiversidade realizado pela Fundación Diversidad e a Fundação IE da Universidade IE, a pontuação das empresas espanholas nesta secção melhorou significativamente em relação ao ano anterior, passando de 3,02 para 4,11 em 10. Seguindo este mesmo índice, a diversidade de género e a diversidade funcional são as áreas em que o maior empenho é demonstrado pelas organizações, e a diversidade experiencial - relacionada com a diferença na vida e trajectórias profissionais - e a diversidade cognitiva - expressa como a diferença no estilo de liderança, personalidade e pensamento crítico - recebem a menor atenção.

Em qualquer caso, se analisarmos o último relatório publicado pelo IESE e ATREVIA sobre a representação feminina nos conselhos do IBEX 35, podemos celebrar que o número de directoras ultrapassou os 30% pela primeira vez, aumentando em 10,79% desde o ano passado. Contudo, é de notar que o número de mulheres directoras executivas foi reduzido de 13 para 11 e representa apenas 3% do total, com a maioria das mulheres a ocupar lugares de directoras independentes (69,74%). 

Por outro lado, vale a pena notar que o número de empresas cotadas sem mulheres nos seus quadros foi reduzido em 50%. Contudo, é de notar que, das 35 empresas mais importantes do país, apenas três mulheres ocupam o cargo de Presidente, com Marta Ortega para a Inditex a juntar-se à Patricia Botín e Beatriz Corredor este ano.

Na +Diversidade não somos a favor de nos concentrarmos exclusivamente em percentagens, pois acreditamos que a inclusão da diversidade deve estar ligada a uma realidade em que vamos além das quotas e a diferença pode desenvolver-se em toda a sua plenitude. Como reflecte o nosso parceiro fundador Mercè Brey, devemos não só contar as mulheres, mas também fazer com que as mulheres contem nas organizações. Com isto queremos dizer que não estaremos a atingir todo o nosso potencial se as mulheres tiverem de assumir papéis masculinos para chegar ao topo, mas sim que todo o talento que é feminino deve ser utilizado para enriquecer as organizações, e isto aplica-se a todas as diversidades existentes. Contudo, a maior inclusão de pessoas que têm sido excluídas até há pouco tempo é um passo fundamental e essencial.

Consideramos estes avanços positivos e acolhemo-los, mas estamos sempre conscientes de que ainda existem grandes desafios a ultrapassar e que ainda estamos muito longe de ter uma sociedade plenamente inclusiva. Não podemos esquecer que, segundo estudos realizados pela ONU, se continuarmos ao ritmo actual, levaremos mais 286 anos a alcançar a igualdade de oportunidades entre mulheres e homens.

Enfrentamos novos desafios, tais como o que nos coloca a Inteligência Artificial. Como Esteban González avisou lucidamente num artigo no El Plural na semana passada: num mundo efectivamente enviesado pelo androcentrismo e pela visão de um pequeno grupo ocidental de certas características demográficas e sociológicas, a produção de algoritmos - que desempenham um papel cada vez mais importante em todas as áreas da vida - corre o risco de reproduzir os enviesamentos das pessoas que os codificam. Desta forma, as barreiras existentes podem ser perpetuadas mas tornadas ainda mais difíceis de contestar pela suposta objectividade científica que rodeia a tecnologia. Tais tendenciosidades podem ser encontradas, por exemplo, em ChapGpt. No Twitter, muitos utilizadores relataram que a aplicação lhes deu respostas racistas ou sexistas quando interagiram com ela. 

Tudo isto deve levar-nos a adoptar uma atitude proactiva; a nossa sociedade enfrenta grandes desafios que só podemos enfrentar a partir da diversidade, utilizando todos os talentos e diferenças possíveis como um valor para procurar soluções inovadoras de múltiplos pontos de vista. 

As empresas devem continuar a trabalhar nas suas estratégias de diversidade, convencidas da vantagem competitiva que representam. Na +Diversidade temos uma vasta experiência no acompanhamento de organizações nos seus processos de transformação. Não hesite em contactar-nos para mais informações sobre os nossos programas e actividades.

Fontes

https://www.rrhhdigital.com/secciones/actualidad/156624/Las-empresas-duplican-su-compromiso-en-innovacion-y-diversidad

https://www.elplural.com/opinion/chatgpt-peor-nosotros_308947102

https://news.un.org/es/story/2022/09/1514031

https://elpais.com/ciencia/2023-04-03/la-nasa-presenta-a-los-cuatro-astronautas-que-viajaran-a-la-luna-por-primera-vez-en-50-anos.html

Apresentação do 10º Relatório sobre as Mulheres nos Conselhos do IBEX-35 e da 5ª Radiografia do Mercado Contínuo

https://elpais.com/ciencia/2023-04-03/la-nasa-presenta-a-los-cuatro-astronautas-que-viajaran-a-la-luna-por-primera-vez-en-50-anos.html